domingo, 12 de junho de 2016

Consideremos justa toda forma de amor

Comercial, uma data comercial. O nosso dia dos namorados começou para ajudar uma loja em suas vendas no mês de junho, mês morto, por não ter nenhuma data comemorativa. Daí um empresário resolveu escolher o dia 12 de junho, um dia antes do dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro.  Com a frase "não é só com beijos que se prova o amor" a loja alavancou suas vendas e transformou a data em dia de trocar presentes entre os namorados a partir de 1948.

Mas a data teve dia mais glamouroso, e data do século III, quando o imperador Claudio II decidiu que, para que seus soldados fossem mais dedicados às batalhas, não se casassem. Porém, o padre Valentim decidiu se opor à decisão e casava clandestinamente os amantes desejosos de enlaces matrimoniais.  É claro que isso não agradou ao imperador, e o santo padre casamenteiro foi parar  na prisão.  Durante o tempo que ficou preso conheceu a filha do carcereiro por quem se apaixonou perdidamente.  Antes de ir para a forca deixou um bilhete de despedida para a amada onde se lia "Adeus, do seu Valentim", tornando-se o primeiro cartão do dia dos namorados.  Mais tarde, o dia do Santo tornou-se o dia dos namorados em diversos países, na data de 14 de fevereiro.

No entanto, o dia de São Valentim teve suas comemorações ligadas à condutas mais rebeldes no que diz respeito aos valores rígidos das relações amorosas impostas pela Igreja Católica na era medieval. Nas festividades do dia do Santo, as mulheres casadas reconquistavam as liberdades de quando eram solteiras, e paqueravam quem quisessem, podendo cometer adultérios com o consentimento dos próprios maridos.  Era uma conduta para desafiar a tão sagrada fidelidade promovida pela igreja católica.

O mundo mudou muito dezoito séculos depois.  E as relações amorosas embora tenham mudado, ainda há pessoas que se apaixonam, têm casos amorosos, "ficam, namoram, casam e ...traem.  Muitos casais encontram a forma mais adequada para se relacionarem, forma mais liberais, mais abertas, mais leves.  Outras formas de amar vão tentando ganhar seu espaço, ainda que com tantas batalhas. E cada um vai tendo o seu direito de amar como quiser. Nenhuma lei, nenhum dogma deveriam estar acima de um amor verdadeiro. 

Hoje foi um dia triste para a humanidade. Enquanto no Brasil festejamos o dia dos namorados, cinquenta pessoas foram assassinadas nos EUA porque suas formas de amar não correspondiam aos padrões impostos pela sociedade. 

Bom seria que as pessoas pudessem se amar livres de amarras, livres de preconceitos, longe da violência.  Que bom seria que as pessoas pudessem sair por aí, de mãos dadas, se amando, sem medo, sem dor.













http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/as_origens_historicas_do_dia_dos_namorados.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/policia-diz-que-ataque-em-boate-nos-eua-deixou-50-mortos.html




terça-feira, 7 de junho de 2016

VOCÊ ACREDITA EM MILAGRE?

Nessa semana peguei um táxi e o motorista perguntou o porque de eu usar uma bangala. Comentei por alto que eu tinha artrite e que estava com um sério comprometimento nas articulações do pé e, se eu não fizesse uma cirurgia para a colocação de uma prótese, eu não poderia parar de usar o apoio, que tinha como objetivo tirar o peso dos tornozelos.

Surpreso em saber que eu tinha artrite tão nova (assim ele achava rsrs), em seguida me perguntou se eu acreditava em milagres.  Já sabendo o que vinha em seguida (muitos já me fizeram essa pergunta), disse que sim, disse que acreditava.  Então, ele disse-me que pertencia à Universal (IURD) e que lá muitos milagres eram feitos.  

Contei a ele que eu também era evangélica, que era Batista, e que portanto, sim, acreditava em milagre, MAS, que não buscava milagres "espetaculosos", daqueles que paralíticos saíam andando, cegos voltavam a ver e etc; que acreditava que não era mais necessário que Deus se manifestasse assim o tempo todo, como nos tempos de Jesus; que hoje um milagre podia acontecer de diversas formas e, uma delas, era na capacitação de um profissional que fosse capaz de produzir uma prótese, que fosse capaz de substituir um membro; estava na capacidade de através da inteligência humana, se produzir soluções capazes de curar doenças, sanar dores, etc.  Portanto, eu acreditava que Deus já havia realizado muitos milagres na minha vida me dando todos os meios e pessoas capacitadas para tratar da minha artrite.  Que eu podia sentir o cuidado de Deus em todos os momentos da minha vida. 

O motorista não gostou nada do meu discurso, e ainda bem que o percusso até em casa era pequeno, porque ele ficou muito chateado. Disse que eu, então, não acreditava em milagre, e portanto, precisava conhecer Deus melhor, e por aí foi até a hora eu desci do táxi.

Mas, então, o que é milagre? Segundo os dicionários "Entende-se por milagre a ação, o fato ou acontecimento que é impossível de explicar-se segundo as ciências naturais";"Fato que se atribui a uma causa sobrenatural". Mas, também pode ser um "fato que, pela raridade, causa grande admiração" (Michaelis)

Poderia ter Jesus realizado muito mais milagres do que realizou no período em que esteve aqui? Se sim, por que não o fez? 

Porque, segundo alguns estudiosos da Bíblia dizem, o milagre não era o mais importante na pregação de Jesus. Naquele momento ele precisava mostrar o seu poder sim, mas o mais importante era chamar o povo ao arrependimento do pecado e à obediência à Deus Pai, que se reconhecesse Deus como Pai, Amigo, Consolador e não apenas por seus milagres.

Pode Deus, nos dias de hoje, realizar milagres como realizou através de Jesus? Sim, eu como cristã creio que sim, mas hoje temos as Escrituras para nos dizer do poder de Deus e dos milagres de Jesus, e um milagre  naqueles moldes não se faz mais tão necessário.  É preciso fé (firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem. Hebreus 11.1) para seguir, para acreditar que é possível viver sem aguardar por um milagre espetacular o tempo todo. E eu tenho fé de que participo de pequenos milagres todos os dias.