"O mundo está ao contrário e ninguém reparou. Milhões de vasos sem nenhuma flor". Eu ando muito pessimista com a humanidade. Humanos estão matando sem nenhuma razão (se é que existe alguma razão pra se matar), jogando crianças no lixo, abandonando idosos e maltratando e abandonando animais à propria sorte, e o que dizer, sobre a natureza? Cadê o cuidado, o amor ao próximo?
Sofia era um desses casos. Uma flozinha sem um vaso, um animalzinho inocente, que como tantos outros, são jogados todos os dias fora como se fossem lixo, descartáveis. Que ser humano é capaz de fazer isso? Quantos são capazes de fazer isso? Infelizmente muitos.
Mas há tantos outros, que cuidam. Cuidam de doentes, de crianças, de velhos e de animais abandonados. E eu e Dani (minha prima) fomos achar Sofia numa feira de adoção de animais. Que vão pra lá depois de recuperados e cuidados por pessoas cuidadosas.
Adotamos Sofia. Pois, não conseguimos deixá-la ali tão pequena, tão clamante por um lar. Tantos outros também precisavam, mas só podíamos trazer um. Mas, graças a Deus, vários outros, nesse dia, também conseguiram um lar, o que nos deixa mais sossegadas!
E Sofia veio fazer parte da nossa familia, que já tem o Junior e a Juma. O primeiro contato foi difícil, pois o reino foi invadido por uma pequena de olhos azuis. Seria mais uma pra dividir colos, cama, sofa e corações.
Mas, bastou uma semana para o Junior se derreter e encher a irmã adotiva de carinhos, lambidas e banhos. E agora, pra onde ele vai, procura por ela. Juju, ainda não se entregou totalmente. Mas claro, ela era a rainha, agora chegou outra pra dividir com ela as atenções. Mas, aos poucos ela está se aproximando.
A Sofia? Sofia conquistou o amor de todos. Já achou o canto dela. Está crescendo, comendo (muito) e brincando demais. Adora brincar com o irmão!
Sofia ganhou um lar! Muitos outros também estão ganhando. Mas, ainda há muitos que precisam de alguém que os ame e cuide! Por isso, se voce quiser um animalzinho, NÃO COMPRE, ADOTE!
sábado, 16 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Decisão
Há filmes que mexem com a gente, músicas que nos fazem chorar, perfumes que nos recordam agradáveis momentos e livros que nos fazem refletir e tomar atitudes! Depois de ler "Comer Animais" de Jonathan Safran Foer, olhar um pedaço de carne, ver um Mc Donalds ou um KFC, tem um outro significado para mim.
A gente nunca acredita (ou pelo menos eu, que sempre tenta acreditar o contrário) até onde vai a maldade humana ou, até onde vai a ganância, o fazer tudo pelo lucro! E, se hoje, como lemos a pouco tempo, pais estão querendo devolver os filhos (criados geneticamente) que vieram doentes, como uma mercadoria barata e com defeitos, imagina o que vale a vida de um animal para essas pessoas?
Há páginas no livro que quase não consegui ler, mas sei da veracidade das palavras, pois já tinha ouvido falar de toda essa bárbarie que fazem com os animais, mas nunca quis acreditar. Há filmes citados pelo autor, mas que não verei (não tenho estomago pra isso), pois não preciso ver pra crer!
A crueldade gratuita para com os animais (especificamente os de abate) é desmedida, desnecessária. Ninguém precisa se alimentar ao custo gratuito do sofrimento do animal. Já bastaria o sofrimento da morte, não seria (não é) necessário a humilhação. Os animais são seres como nós. Só porque somos racionais (?!?!?!) não somos melhores.
Não fosse todo o sofrimento desnecessário imposto aos animais de abate, se não nos importasse com isso, ainda assim, teríamos o problema da qualidade do nosso alimento! O livro nos faz refletir sobre como essa carne chega a nossa mesa. A quantidade de hormônios, antibióticos, cocô e xixi que vem junto com a carne (de boi, de frango, de peru, etc) que consumimos. Uma conclusão do autor me alertou: "Estamos comendo doenças"! E a OMS (Organização Mundial da Saúde) sabe disso, mas é pequena diante do lobby das grandes indústrias da carne, e quem paga o preço é o consumidor. Doenças nunca antes existentes, aumento de todo tipo de câncer, alergias cada vez mais graves, gripes como H1N1, todos resultados do tratamento que é dado às carnes pela indústria de criação que só visa o lucro!
Como o autor relatou, é díficil ser indiferente a tudo isso quando se passa a conhecer todo o processo das criações industriais: "Nós não podemos alegar ignorância, apenas indiferença". E essa indiferença é impossível.
Desde o fim da leitura desse livro, ou melhor, desde o ínicio da leitura, não consegui mais consumir carnes. Sei que é uma decisão difícil mudar o hábito alimentar, justificar sua decisão.
O autor coloca uma citação de Martin Luther King Jr, um vegetariano, que nos alerta para nossas posições, que nem sempre precisam de platéia, mas de ética e comprometimento. Diz assim, "é preciso tomar uma posição que não é segura, nem política, nem popular, mas porque a consciência diz que é correta". Eu tomei a minha decisão!
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