Esse título tem duplo sentindo! Nesse instante estou reorganizando minha casa, meu lar; mas também fazendo uma reforminha interior, umas pequenas mudanças no "self" pra seguir em frente, melhor! Por isso, andei um pouco afastada daqui, isto dá trabalho!!
Eu nunca tive o "sonho da casa própria", aquele em que todos sonham possuir, comprar, mesmo que leve a vida pagando, um "lar doce lar". Pra mim, seria bom o suficiente, se eu tivesse o dinheiro do aluguel, e pudesse morar onde quisesse. Não tenho filhos, não tenho herdeiros, e pra comprar uma casa do jeito que quero, vou morrer pagando a casa. Mas, ano passado, desejando sair do apartamento onde estou (por causa das escadas), resolvi procurar um novo lar, e foi aí que me fizeram a cabeça para comprar um imóvel.
Embarquei nessa e fui atrás (tarefa nada fácil quando voce não tem muito dinheiro), mas, procurando, procurando, procurando, achei um apartamento-tipo-casa (com área externa e tudo) que gostei e que achei que valeria a pena passar 20 anos pagando! Resolvido, entrei com o processo de financiamento. Para a minha surpresa e desapontamento, o imóvel estava irregular e a CEF nao aceitar financiar até que o proprietário resolvesse a pedência. Não seria nada de complicado desistir do imóvel, se eu nao tivesse dado uma pequena entrada como forma de garanti-lo. Passados 15 meses, sem imovel (mas graças a Deus com o dinheiro de volta) e com os preços de venda e aluguéis na estratosfera, voltei a estaca zero.
Resolvi, então, que continuaria aqui mesmo, no meu cantinho, até que os preços caiam um pouquinho, e eu possa comprar o imovel do meu jeito. Enquanto isso, resolvi que daria uma repaginada no apê! E é o que estou fazendo. Pintando, mudando móveis, comprando novos, tudo novo de novo. Para dar a impressão de casa nova! E é arrumação que não acaba mais. Meu Deus, como juntamos coisas! Claro, que estou aproveitando pra fazer uma faxina e me desfazendo de muitas coisas que não uso e com certeza não vou usar mais!
Bom, já que "a casa própria" nao rolou, resolvi investir parte do dinheiro numa viagem. A princípio de férias, mas depois essas se transformaram em um pequeno intercambio que farei, em Maio, em Paris, pra estudar francês! Mas, isso é papo para outro poste!
Por fim, ando mudando meus hábitos alimentares! Desde que comecei a ler " Comer Animais" de Jonathan Safran Foer , que venho refletindo bastante sobre o que comemos, e o quanto isso é prejudicial à nossa saúde! E, aproveitando que estou uns dias em casa (de licença, por causa de uma distenção muscular), estou adorando mergulhar numa alimentação mais vegetariana. Há muito, sei que esta é a melhor alimentação para quem tem artrite reumatóide, mas nunca levei muito a sério, embora evite alguns alimentos que são mais prejudiciais. Mas, agora, resolvi fazer o teste, e verificar o quanto isso pode me beneficiar!
Então, enquanto me recupero, arrumo a casa, e preparo meu alimento de forma mais saudável! Tem sido uma boa experiência!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
HOJE É DOMINGO...
"Hoje é domingo e pede cachimbo" , e não, "pé de cachimbo", como costumamos cantar, e que é bem bonitinho, sugere tranquilidade, vagareza, tudo bem lento, como pede fumar um cachimbo (lembro minha avó, em São Luis, sentadinha, fumando o cachimbo e pensando na vida).
Domigo é dia do Senhor, também dia oferecido ao astro sol (Hoje ele está radiante!). E é também o primeiro dia da semana. Se pensarmos sempre nisso, podemos começar muito bem o dia, relaxados e prontos para mais uma semana.
Eu sempre gostei do domingo. Há quem não goste, dizem que não tem nada pra fazer, pra ver na televisão, dizem ser um dia chato! Pois é justamente por tudo isso que eu o adoro! "Nada melhor do que num fazer nada", já diz a sábia Rita Lee. Com tanta correria na semana inteira, só resta o sábado, que acaba sendo corrido também, pois queremos fazer um monte de coisas nesse dia, e o domingo, que é muito bom pra descansar!!
Moro no Grajaú, e ainda é um bairro muito residencial, com poucos prédios e muitas casas e árvores. Pois, nesse instante, enquanto escrevo está um silêncio... só ouço os passarinhos e ao longe um cãozinho que ladra. Nem meus gatos sei onde estão.
Aos domingos eu vou à igreja (se bem que tenho me ausentado bastante), gosto de ler, dormir e quando dá, vejo um filme! Ou, às vezes, não faço nada! Não tem nada melhor! Não é errado parar um pouco, aproveitar o ócio. A nossa educação cristã nos faz achar pecado parar pra usufruir o não fazer nada. Temos que estar ocupados o tempo inteiro! Basta! Viva o domingo!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
QUEM EU SERIA SE EU NÃO FOSSE QUEM EU SOU?
Nossa, isso parece um daqueles questionamentos shakespeano do tipo "ser ou não ser", mas não é! Nunca tive essa dúvida, mas de vez em quando eu questiono sobre quem eu seria, ou, que tipo de vida teria, não fosse a que tenho agora. E isso tem uma razão. É claro que, do jeito que sou, não perco muito meu tempo com que esses questionamentos, eles passam rápido e vida que segue. O que me movem e sempre me moveram foram o meu otimismo e a minha fé em Deus.
Mas, hoje esse questionamento me veio outra vez. Isso porque, ontem depois de ter feito uma faxina em casa junto com William, depois que o pintor acabou o trabalho dele, eu fiquei arrasada, cheia de dor pelo corpo. E, hoje, quando acordei pensei que não ia poder ir ao trabalho de tão cansada e dolorida que estava. Todo mundo se sentiria assim, é o que dizem, mas eu me questiono, se não seria diferente se eu não tivesse as limitações que tenho.
Mas mesmo assim fui trabalhar, não podia faltar. Mas voltei cedo pra casa, não aguentei ficar no trabalho, precisei voltar pra casa pra relaxar mais o corpo. Isso tudo porque extrapolei os meus limites físicos! Tenho artrite reumatóide desde os 4 anos de idade. E, desde então, tenho cuidado dessa doença, como quem cuida da própria vida.
Meu reumatologista atual diz que eu tive a doença numa época em que se conhecia muito pouco sobre a artrite reumatóide juvenil, e por causa disso, acabei sendo cobaia de vários tratamentos que embora melhorassem os sintomas, não evitavam as consequências: rigidez nas articulações e consequentemente a perda de movimentos, febre, inchaço e muita, muita dor. Hoje, a medicina nessa área evoluiu muito e, para quem começa ter os sintomas e se trata logo, ficará com poucas ou nenhuma sequela.
Daí que passei parte da minha infancia conhecendo todos os especialistas da época, e sendo a minha família muito pobre, não podia fazer muito mais do que era oferecido no serviço público da capital maranhense, onde nasci. Tive sorte em sobreviver.
A adolescencia não foi diferente, passou batida, pois só lembro de hospitais, enfermeiras e reumatologistas da cidade do Rio de Janeiro, onde vim morar com minha mãe, que tentava melhores condições de vida, na cidade grande. Apesar das dores continuei estudando, tentando levar uma vida normal. Foi só quando jovem, já na faculdade, que as coisas melhoraram um pouco e a doença retrocedeu, e tudo que tinha que fazer era "consertar" algumas sequelas. Como resultado, fiz uma cirurgia de prótese total bilateral de quadril aos 25 anos.
Depois disso, passei anos sem saber o que era dor. Estudei, fiz meu doutorado, passei em concurso público, viajei bastante, fiz minhas estripulias, fazendo trilhas, caminhadas e coisas que até Deus duvida. Até que, de repente, como um pesadelo tudo voltou, as dores, as limitações e os medos. E, então, há mais ou menos 3 anos voltei para a cortisona, pros remédios fortes, enjoados e, o que é pior, as dores incomodam e me limitam bastante. Mas estou bem, bem melhor.
E, é aí, quando sinto as limitações que as dores me causam, que me questiono, como teria sido a minha vida se eu não tivesse passado por nada disso?
Mas, não é nada que me impeça de continuar seguindo em frente. Porque apesar de tudo, eu fiz tudo que queria ter feito (quase tudo, é claro! Mas quem é que faz tudo que queria ter feito?). E, talvez tenha feito mais do que pensava que iria fazer. Meu amigos, minha família vivem brigando comigo porque vivo fazendo mais do que posso. Mas, eu sou assim, quando eu quero uma coisa eu corro atrás! Ainda que depois eu fique cheia de dores, como estou agora! rsrsrsrs
E, eu não sei que vida teria não fosse a tenho agora, mas apesar de tudo, gosto muito da que tenho! E como essa é única, vivo cada dia, como se fosse o último!
P.S. Meu reumatogista quer que eu compartilhe minhas experiencias para que outras pessoas com o mesmo problema
vejam o que são capazes de fazer, apesar limitações físicas causadas pela doença. Eis um pedacinho da minha história.
Mas, hoje esse questionamento me veio outra vez. Isso porque, ontem depois de ter feito uma faxina em casa junto com William, depois que o pintor acabou o trabalho dele, eu fiquei arrasada, cheia de dor pelo corpo. E, hoje, quando acordei pensei que não ia poder ir ao trabalho de tão cansada e dolorida que estava. Todo mundo se sentiria assim, é o que dizem, mas eu me questiono, se não seria diferente se eu não tivesse as limitações que tenho.
Mas mesmo assim fui trabalhar, não podia faltar. Mas voltei cedo pra casa, não aguentei ficar no trabalho, precisei voltar pra casa pra relaxar mais o corpo. Isso tudo porque extrapolei os meus limites físicos! Tenho artrite reumatóide desde os 4 anos de idade. E, desde então, tenho cuidado dessa doença, como quem cuida da própria vida.
Meu reumatologista atual diz que eu tive a doença numa época em que se conhecia muito pouco sobre a artrite reumatóide juvenil, e por causa disso, acabei sendo cobaia de vários tratamentos que embora melhorassem os sintomas, não evitavam as consequências: rigidez nas articulações e consequentemente a perda de movimentos, febre, inchaço e muita, muita dor. Hoje, a medicina nessa área evoluiu muito e, para quem começa ter os sintomas e se trata logo, ficará com poucas ou nenhuma sequela.
Daí que passei parte da minha infancia conhecendo todos os especialistas da época, e sendo a minha família muito pobre, não podia fazer muito mais do que era oferecido no serviço público da capital maranhense, onde nasci. Tive sorte em sobreviver.
A adolescencia não foi diferente, passou batida, pois só lembro de hospitais, enfermeiras e reumatologistas da cidade do Rio de Janeiro, onde vim morar com minha mãe, que tentava melhores condições de vida, na cidade grande. Apesar das dores continuei estudando, tentando levar uma vida normal. Foi só quando jovem, já na faculdade, que as coisas melhoraram um pouco e a doença retrocedeu, e tudo que tinha que fazer era "consertar" algumas sequelas. Como resultado, fiz uma cirurgia de prótese total bilateral de quadril aos 25 anos.
Depois disso, passei anos sem saber o que era dor. Estudei, fiz meu doutorado, passei em concurso público, viajei bastante, fiz minhas estripulias, fazendo trilhas, caminhadas e coisas que até Deus duvida. Até que, de repente, como um pesadelo tudo voltou, as dores, as limitações e os medos. E, então, há mais ou menos 3 anos voltei para a cortisona, pros remédios fortes, enjoados e, o que é pior, as dores incomodam e me limitam bastante. Mas estou bem, bem melhor.
E, é aí, quando sinto as limitações que as dores me causam, que me questiono, como teria sido a minha vida se eu não tivesse passado por nada disso?
Mas, não é nada que me impeça de continuar seguindo em frente. Porque apesar de tudo, eu fiz tudo que queria ter feito (quase tudo, é claro! Mas quem é que faz tudo que queria ter feito?). E, talvez tenha feito mais do que pensava que iria fazer. Meu amigos, minha família vivem brigando comigo porque vivo fazendo mais do que posso. Mas, eu sou assim, quando eu quero uma coisa eu corro atrás! Ainda que depois eu fique cheia de dores, como estou agora! rsrsrsrs
E, eu não sei que vida teria não fosse a tenho agora, mas apesar de tudo, gosto muito da que tenho! E como essa é única, vivo cada dia, como se fosse o último!
P.S. Meu reumatogista quer que eu compartilhe minhas experiencias para que outras pessoas com o mesmo problema
vejam o que são capazes de fazer, apesar limitações físicas causadas pela doença. Eis um pedacinho da minha história.
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