terça-feira, 31 de agosto de 2010

1001 VISITANTES!!


Demorei muito para decidir criar um blog, sinceramente, achava que não daria muito certo. Do que eu ia falar? Não queria ter mais um blog com críticas sociológicas sobre política, violência e etc e tal. Pensava em escrever sobre coisas legais que aconteciam por aí, pelo nosso país, pelo mundo. Quando comecei a pesquisa, percebi que é mais fácil falar de coisas ruins do que achar coisas boas. Deixei pra lá.

Depois pensei em registrar minhas viagens, contar das experiências, dar dicas, etc. Mas aí vi também, que tinha blogs que faziam isso muito melhor que eu. Então, pensei, não sei sobre o que escrever!

Foi então, que decidi escrever sobre coisas boas que aconteciam comigo mesma, das minhas curiosidades, das coisas que ouvia por aí, pelas minhas andanças, sobre as minhas viagens, minhas impressões sobre livros, sobre filmes, e sobre tudo mais, que fosse legal. Uma coisa seria certa, aqui não entrariam notícias ruins. Não que elas não sejam importantes de serem discutidas, mas há outros blogs fazendo isso (rsrsrs).

Mas, tudo isso, pra dizer, que eu não acreditava que teria tantas visitas, comentários e elogios! Por isso, estou aqui para AGRADECER A TODO MUNDO QUE VEM AQUI FAZER UMA VISITA, DEIXA UM COMENTÁRIO, E VOLTA SEMPRE!! Isto me deixa muito feliz e disposta a escrever mais sobre coisas boas!! E se você tem coisa boa e quer compartilhar, seja bem vindo!
OBRIGADA!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

DESPEDINDO-ME DE MANAUS


Manacapuru, Eirunepé, Manués, são algumas das cidades do Amazonas que não tive oportunidade de conhecer. Mas achei os nomes bonitos, indígenas, cada um com significados tão delicados, mas fortes. Seguindo com os nomes que não conhecia, eu comi pirarucu, pacú, tucunaré; tomei sorvete de taperebá, comi chocolate de cupuaçu, de cubiu; tomei muito suco de graviola, de cupuaçu; tomei tacacá, bebi os guaranás tuchaua, baré; provei de tudo. Mas ficou faltando experimentar o X-caboquinho, um sanduiche de tucumã com queijo coalho e banana frita.

Conheci Manaós (Manaus) e hoje me despeço dessa cidade. Posso dizer que a conheci bastante. Andando de carro ou a pé de um posto de coleta do IBGE a outro, fui conhecendo cada pedacinho desta histórica cidade da borracha. Desse tempo, pouca coisa restou. A cidade, agora, se enfeita rumo à Copa de 2014. Esperança para os manauaras que esperam que isso torne a cidade mais limpa, mais bonita, mais divulgada. Fui conhecer o belo e intrigante encontro dos Rios Negro e Solimões, onde o grande Rio Amazonas se forma; vi o povo brasileiro que mora na beira do rio, que habita em flutuantes, que vive de acordo com o sobe e desce dos rios.

Senti muito calor! Êta terra quente! Mas também me diverti bastante. Me aventurei, fiz novas amizades, me arrisquei, ri, nos assustamos (Eu,Lilian e Paulo)num passeio ao cais (área vermelha, segundo o taxista que nos tirou de lá). Fui em áreas nobres e outras nem tão nobres assim.

Fiz compras, muitas compras. Acho que minha casa agora lembrará muito o Amazonas, pois terá muito artesanato indígena; comprei chocolates para os amigos, família e claro, pra mim tambem, e ainda sabonetes de frutas nativas. Vou de bagagem repleta, de coisas, de aventuras, de vida.

Qualquer dia eu volto!
Não consegui ver o boto cor de rosa.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Por não estarem mais distraídos!!


Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é de graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho das águas deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles se admiravam estarem juntos!

Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial da palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque eles não estavam mais bastante distraídos. Só porque, de súbido exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que já eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

(Clarice Lispector)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MANAUS II - UM PASSEIO PELOS RIOS NEGRO E SOLIMÕES


Viajar a trabalho tem que ter vantagens. E uma delas é passear no final de semana. E foi o que fiz. Aproveitei para conhecer um pouco mais de Manaus. Aproveitei o pacote do hotel e fui fazer o passeio fluvial, isto é, conhecer o Rio Amazonas, encontro dos Rios Negro (de água escura, como coca-cola) e Solimões, de agua um pouco mais clara.

Passeio de pacote é sempre divertido, acabamos por conhecer várias pessoas de diversos estados e países. Os gringos, então, adoram conhecer nossa terra, e o Amazonas é cheio de turistas querendo conhecer nossa floresta. Assim sendo, feitas as amizades é só curtir o passeio, que fica bem mais animado; ainda mais quando estamos sozinhos na cidade, como eu estava.

Vamos de barco até o encontro dos rios, depois seguimos conhecendo as comunidades ribeirinhas (pessoas que moram bem na beira dos rios), continuamos pelo rio esperando que algum bicho, pássaro ou jacaré apareça. Duvidando muito, já que com aquele barulho todo das canoas à motor é impossível que algum fique por lá.

Paramos pra almoçar, comprar os artesanatos produzidos pela comunidade indígena e conhecer as vitórias régias. Tudo muito fascinantes. Até crianças indígenas, fantasiadas de indígenas (não soa esquisito?) são motivos de muita alegria e fotos. Será que é a tentativa de resgatar nosso passado indígena?

A volta é de puro regozijo de passar um pouco de tempo em contato com a natureza. Voltamos com mais vontade de preservar o que ainda resta do nosso paraíso!!

sábado, 21 de agosto de 2010

MANAUS: TUCUPI, TACACÁ!


Sempre ouvi falar de tucupi, tacacá, mas nunca os tinha experimentado, mas hoje comi o tacacá, uma mistura de tucupi, um molho de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, com uma goma de farinha de mandioca e, pra completar uma erva chamada jambu, que deixa a lingua dormente nos primeiros goles do caldo, que é tomado direto de uma cuia feita de cabaça. Depois de muito pensar, acompanhado de um companheiro nessa aventura (bahiano turista que encontrei aqui em Manaus), resolvi correr o risco. Até agora não deu nenhum revertério!

Estou em Manaus, em nova missão do Censo 2010, dessa vez na capital amazonense! Estou aqui desde terça-feira, e embora já tenha percorrido alguns postos de coleta supervisionando o trabalho dos recenseadores e isso tenha dado a oportunidade de conhecer a cidade, só hoje pude passear um pouco! Fui conhecer o encontro dos rios Negro e Solimões, que formam o Rio Amazonas.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

FAZENDA PONTE ALTA - BARRA DO PIRAÍ

FÉRIAS (Parte 3)

Depois de conhecer São Francisco Xavier (o que não foi difícil) encerramos nossa viagem com chave de ouro. Fomos conhecer uma antiga fazenda do apogeu do Ciclo do Café, que hoje funciona como pousada, mas que ainda mantém sua estrutura original. Ela fica no Rio de Janeiro, no municipio de Barra do Piraí, que teve uma importante participação no desenvolvimento econômico do Brasil no início do século XIX, com o cultivo de café.

O lugar é realmente bonito, grande, distante de tudo, onde o silencio é total.
E a estrutura preservada da fazenda nos faz voltar no tempo e nos sentir na época do Império. Além dos cômodos usados como quartos, há outros que servem como museu, abertos para visitas.


No Museu dos Escravos podemos encontrar objetos e instrumentos utilizados pelos escravos, ou curiosidades como marcas dos dedos dos escravos no barro da parede de pau-a-pique, muito utilizada nas construções da época

Alguns instrumentos de punição dos escravos também estão expostos lá; Podemos , encontrar também as senzalas originais em processo de restauração.

A beleza do lugar já vale o passeio. Muito verde, uma pequena cachoeira e os animais da fazenda dão um ar bucólico a mais ao lugar.

Um friozinho gostoso... Para quem gosta um bom vinho vai bem.
Mas o mais fascinante nisso tudo é saber que aquele lugar tem quase dois séculos de história. Saber que ali muitos escravos sofreram, que houve um apogeu da cultura cafeeira, sua queda, o surgimento de novas economias, que muitos barões, baronesas e outros títulos passaram por ali.


Na hora de dormir deu um friozinho na barriga, pois fiquei em um quarto que foi uma senzala. Não pelo medo de possíveis correntes se arrastando ou de gemidos, ou qualquer coisa do gênero (rsrsrsrs). Mas o peso da história, em nossa memória, saber que naquele lugar houve muito sofrimento. Não tinha banho quente ou cama macia para dormir. E eu ali, em todo aquele conforto. Embalada por esses pensamentos, dormi o sono dos justos. Acordei no dia seguinte com mugidos de vacas bem ao lado do meu quarto.

Foi muito bom terminar nossas férias ali. Um mergulho no
passado (um pouco feio) do nosso país; mas um lugar agradabilíssimo para descansar e curtir a natureza, longe do tumulto da cidade!




sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SÃO FRANCISCO XAVIER

FÉRIAS (PARTE 2)

Depois de sair de Monteiro Lobato fomos para São Francisco Xavier (também distrito de São José dos Campos). Bem pequena também, mas um pouco mais movimentada e com mais opções de pousadas, ótimos lugares para comer (tem uma pizzaria à lenha muito boa!), lojinhas de artesanatos, cachoeiras e lugares para
caminhar.
Como toda pequena cidade que se preza, há uma pequena igreja matriz, um coreto, um pequeno cemitério e alguns mercadinhos, além, é claro, de alguns prédios históricos.
Pela manhã, estava bem friozinho. Foi gostoso caminhar bem devagar conhecendo um pouquinho a cidade (o que não é difícil de fazer). Caminhamos procurando a cachoeira, mas fomos em direção errada. Mas valeu assim mesmo a caminhada.

Depois, cansados, paramos para conhecer o cemiteriozinho (nada macabro não, gente. Os cemitérios antigos contam um pouco a história das cidades, de suas hierarquias e de suas culturas). Que lugar mais tranquilo! E a
paisagem? Realmente, os mortos devem descansar em paz por lá!

Passamos o dia, praticamente, caminhando, fazendo compras, comendo e descansando. Tudo de bom! Por fim, à noite fomos à uma pizzaria muito boa. E William logo encontrou um amiguinho que estava com muito frio, um lindo gatinho. De quem era? A dona da pizzaria disse que era de todo mundo!
No dia seguinte partimos! Fomos encerrar a viagem pelas pequenas cidades do interior de São Paulo, em São José do Barreiro. Mas isso é outra história!

Eis o que deixamos para trás e o que encontramos pela frente... É um caminho muito bonito!!

domingo, 1 de agosto de 2010

SÍTIO DO PICAPAU AMARELO

FÉRIAS (PARTE I)

Como é de conhecimento de quem já visitou esse blog, eu e William adoramos lugares bem pequenos, bem interior e com muita paz.
Gostamos também de cachoeiras, caminhadas, aventuras. Mas, como não ando (literalmente) muito bem, ou seja, estou fisicamente prejudicada, fiquei mais sossegada dessa vez, só curtindo o lugar. William ainda se arriscou a caminhar um pouco mais!

Mas onde fomos? Fomos à vários lugares. Todos, cidades do interior de São Paulo. E fechamos - fizemos isso pra não ter um choque muito grande quando chegasse na Dutra (voltar pra real!!) - em uma pousada que fica em uma antiga fazenda original do ciclo do café, início do século XIX, em Barra do Piraí, já no Rio de Janeiro (e essa vale uma nova postagem!)

Bem, começamos em Monteiro Lobato, que antes de ficar famosa por causa do criador de Reinações de Narizinho, se chamava Buquira. É uma pequena região com cerca de 4 mil habitantes apenas (microrregião de São José dos Campos).

É pequena, muito pequena! Pretendíamos até ficar por lá, mas de tão pequena, nem pousada no Centro tem; as mais perto ficam em torno de 4 km do Centro, mais pra dentro da Serra. Bonitinha, mas em meia hora é possível conhecer tudo, inclusive visitar as diversas lojinhas de artesanatos, cujo tema é o Sítio do Picapau Amarelo. Há várias Emílias, Sacis, Narizinhos e outros personagens do Sitio feitos de pano. É claro, eu comprei uma Emília.

É lógico, que estamos no Vale do Paraíba, na região do Café, e na Serra da Mantiqueira, e atividades outsides é o que não falta! Demos uma volta na cidade, conhecemos a igreja matriz (não pode faltar na minha bagagem), o cemitério que fica atrás igreja (não pode faltar na bagagem do William), visitamos as lojinhas de tesanatos e partimos de lá para o Sitio do Picapau Amarelo, o ponte forte do turismo local.
Distante 8km do Centro, pegando a estrada Caçapava_Monteiro Lobato (conhecida também como Estrada do Livro), chegamos lá.
E para quem cresceu vendo todos os dias o sitio pela TV, foi muito legal passear por lá.

Mantida pelos proprietários atuais, é possível visitar toda a propriedade, conhecer os quartos, as salas, a cadeira onde sentou D. Benta, o quarto da Tia Anastácia, a cama que dormiu Monteiro Lobato e passar uma ótima tarde no lindo
quintal, com cachoeira, patos, gansos, galinhas e até algumas redes pra descansar!







Um sonho! Vale a pena conhecer!